sábado, 27 de março de 2010
Sozinha .
Prefiro que não me notem, prefiro estar aqui mesmo, no meu canto, curtindo algo não muito agradável sozinha. E por favor, não me olhe, não queira ver os meus olhos inchados pelas lágrimas que não param de cair. Não me ouça, nem me sinta, ignore-me, deixe-me sozinha. Eu não quero reconhecimentos nenhum agora, eu sei de tudo, sei do que fiz, do que faço e não preciso de ninguém para me fazer conhecida, eu quero ficar aqui mesmo, apertando as minhas pernas sem parar, olhando pra aquele vago e sem ter pra onde olhar. Sem ter o que fazer, em quem pensar, quero expor meu coração ao relento, ao frio, colocar as minhas idéias para longe de mim e não quero ver ninguém que me faça lembrar ou uma mão segurando a outra, ou um beijo. Não quero ver flores, nem bombons, não quero ver o sol e nem a lua. Quero me ensinar sozinha, quero poder saber quem eu sou sozinha, me entender sozinha. Eu quero ser eu mesma, sem precisar de alguém, sem precisar de sorrisos, de carinho e de amor, quero me tornar um robô. Não, por favor, não chegue muito perto de mim, as lágrimas já me acompanham e pode acreditar, até a elas eu me apeguei. Não, por favor, não me abrace agora, nem diga nada pra me fazer um pouco mais feliz, eu vou me destruir em prantos, sei do que falo. Eu não quero nada agora, só ficar sozinha comigo, sozinha ...
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