Nada mais que isso !

Um coração tão pequeno, tão frágil, tão inocente. Como os sinos que tocam na antiga capela, como um peixinho que não sabe para onde deve ir. Os cacos de uma xícara que acaba de cair ao chão espalhando-se por todo o canto, escondendo-se em todo o lugar, não tendo como voltar a ser o que era antes, acabou... Não tente me compreender, eu não consigo te esquecer. Nada nunca me fará esquecer aqueles momentos que tão perfeitamente foram escritos nas páginas daquele livro que pela correnteza do seu coração se foi...

Perto de Ti !

Eu não sou o Deus isolado.O Deus "lá em cima", Escondido atrás do céu. Não sou o Deus "idéia", enclausurado nas páginas dos livros ou nos cérebros geométricos dos sábios. Não sou o Deus "carrasco" ou "juiz terrível", que se alegra e tem prazer em condenar e castigar.
Não sou também o Deus "quebra galho", dos fracos, dos incapazes e frustrados, dos que batem no peito balbuciando preces, mas que nunca fazem nada por alguém. Não sou o Deus de "leis" e "tradições" que não tem sentido, inventadas por minhas criaturas: os homens! Abre os evangelhos
Lê e contemplarás, então, ali, o meu "retrato" sou Emanuel, ou seja, Deus contigo um Deus perto de Ti, um Deus dentro de Ti pulsando em Teu peito, brilhando nos teus olhos, soando em tua voz, andando nos teus passos, falando nos teus gestos bons, chorando no teu pranto, sorrindo nos teus lábios, amando em teu amor.
Sou um Deus que quis sentir teus sofrimentos, por isso me fiz carne, vivi tua vida e, se ainda permito tuas dores é porque delas vai nascer felicidade, assim como da dor e da morte de meu filho Jesus Nasceu tua esperança!
Sou o Deus da eterna lei do amor e da misericórdia, sim, sou a lei gravada em cada fibra do coração humano e, depois, refletido em cada consciência. Sou também a graça e o auxílio para todos os que seguem meus preceitos. Sou o Deus do perdão, Sou a mão estendida, O conforto dos enfermos e dos pecadores.
Sou o Deus dos vivos e não dos mortos, pois sou a fonte da vida, Sou o Pai que espera com paciência os passos vacilantes do filho que fugiu e se perdeu nos mundos subterrâneos do mal, Sou este Deus assim, sempre presente, de braços abertos para o abraço do amor mil vezes repetido, mas nunca se cansando de esperar por ti.

(Cid Moreira)